A partir de março, a conta de luz trará informações sobre o nível dos reservatórios e o acionamento de usinas termoelétricas, cujo custo de geração é mais alto do que o das hidrelétricas. A sinalização será por meio de bandeiras das cores verde, amarela e vermelha.

A bandeirada funcionará, neste ano, em caráter de teste, para que o consumidor se acostume com as informações. Mas, a partir de janeiro de 2014, sinalizará também para o preço da energia pago pelo consumidor.

A bandeira verde indica que a tarifa não terá alterações, ou seja, que os reservatórios estão em níveis saudáveis e não será necessário acionar as térmicas para complementar a geração de energia. A amarela aponta situação intermediária, sendo que ao preço de cada 100 quilowatt-hora (KWh) consumidos será acrescido R$ 1,50.

Já a vermelha significa situação crítica dos reservatórios. Neste caso, para cada 100 KWh o consumidor pagará mais R$ 3.

Além de vir na conta, a bandeirada já está disponível no site da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), dividida por subsistemas. No Brasil, vigoram quatro subsistemas, divididos por regiões: Sudeste e Centro-Oeste, Sul e Nordeste e Norte. Para janeiro, a bandeira vermelha está hasteada em todas os subsistemas.
 
Antecipação
 
A adoção do sistema de bandeirada, aprovada em novembro de 2011, antecipa o repasse do custo da utilização de energia térmica ao consumidor. Antes, o valor era embutido na conta de luz por meio dos reajustes tarifários, realizados anualmente (em abril, no caso da Cemig). Agora, serão feitos mensalmente e apenas para aqueles que consumirem volume maior de energia, segundo a Aneel.

“O repasse mensal também é bom para as distribuidoras. Dessa forma, elas não têm que esperar um ano antes de serem reembolsadas pelos clientes”, afirma o diretor-executivo da CMU Comercializadora de Energia, Walter Fróes.
 
Térmicas
 
As térmicas do Brasil geram cerca de 31 mil MW. Desses, no entanto, apenas 14 mil MW estão interligadas ao sistema nacional, ou seja, ao sistema de linhas de transmissão capaz de levar energia à maior parte país. O restante fica em sistemas isolados localizados principalmente no Amazonas, no Pará e no Amapá.

O alto custo de operação das usinas termoelétricas é reflexo do preço dos combustíveis fósseis utilizado para mover as turbinas que geram energia: gás, carvão ou óleo.

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