Consumidores de BH estão mais cautelosos neste Natal

Iêva Tatiana - Do Hoje em Dia
13/12/2012 às 06:57.
Atualizado em 21/11/2021 às 19:28
 (Frederico Haikal/Arquivo Hoje em Dia)

(Frederico Haikal/Arquivo Hoje em Dia)

Os consumidores belo-horizontinos estão mais cautelosos em relação às formas de pagamento das compras de Natal. Pesquisa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) mostrou que, do total de 400 entrevistados, 41,47% darão preferência ao dinheiro, deixando de lado cartão de crédito, cheque especial e crediário. No mesmo período do ano passado, a expectativa de pagamento em espécie era de 33,58%.

O resultado contrariou a estimativa dos comerciantes. Dos 200 ouvidos pela CDL/BH, 87,13% esperavam que o dinheiro de plástico fosse o mais utilizado em dezembro.

Para o presidente da instituição, Bruno Falci, os números mostram que as pessoas estão temendo mais a inadimplência e buscando o consumo responsável. “Em 2012, as classes C, D e E puxaram a economia e, ao mesmo tempo, mostraram que estão mais educadas. Muita gente afirmou, durante a pesquisa, que pretende gastar menos neste Natal para economizar”, afirma Falci.

Dívidas em baixa

Além de frear os gastos e preferir os pagamentos à vista, os consumidores pretendem evitar o endividamento com empréstimos. Quase todos os entrevistados (96,91%) afirmaram que não vão buscar recursos de terceiros.

Diante dos resultados, a expectativa é a de que o comércio da cidade cresça até 9%, no período natalino, na comparação com 2011, chegando a R$ 2,99 bilhões.

“Estamos observando mais facilidade de acesso ao crédito, queda gradual e significativa dos juros e aumento da renda. Por essas razões, esperamos que 2013 seja ainda melhor”, diz Falci.

O pagamento do 13º salário é outro fator que vai contribuir para o aquecimento das vendas. Dados da CDL/BH projetam
uma injeção de R$ 2,11 bilhões em recursos gerados pelas duas parcelas do benefício. Em Minas Gerais, a cifra deverá chegar a R$ 11,9 bilhões.

Resultados

De acordo com Falci, as medidas de incentivo do governo têm surtido efeito e a previsão é a de que essa seja uma tendência para o próximo ano, para quando são esperados redução nas taxas de energia elétrica e investimentos em rodovias, ferrovias, portos e aeroportos.

Aliados a esses fatores, estão o aquecimento no mercado de trabalho e na concessão de crédito e a redução na taxa básica de juros, que chegou a 7,25% em 2012. “Com isso, esperamos um crescimento de 7% no comércio de Belo Horizonte, em 2013. É uma projeção menor do que a deste ano, mas estamos falando de crescimento em cima de crescimento”, afirma Falci, referindo-se à expansão de 6,09% registrada em 2011.

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