O consumo de gás natural no país cresceu 12,5% em agosto, na comparação com o mesmo mês do ano passado, devido à retomada de produção da indústria, que nos dois meses anteriores havia diminuído o ritmo de produção por causa da Copa do Mundo. Os dados são da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás). Em Minas Gerais, no entanto, o consumo registrou recuo de 2,5%, caindo de 3,9 milhões de metros cúbicos por dia em agosto de 2013 para 3,8 milhões de metros cúbicos diários no mês passado.   No Estado, a maior queda de consumo aconteceu no setor de gás automotivo, que demandou 100 mil metros cúbicos em agosto deste ano. O valor foi 5,8% menor do que o consumo registrado no mesmo mês de 2013.   O coordenador do segmento de Gás Natural Veicular da Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig), Welder Luiz  de Souza, explica que a redução de consumo GNV está ligada à falta de incentivo ao uso do combustível. “Aqui, o preço da gasolina é menor do que nos outros estados. Além disso, não há incentivo como no Rio de Janeiro, por exemplo, que dá descontos no IPVA”, comenta.    “É uma queda de ajuste que já era esperada. Com a renovação da frota, o consumo deve voltar a crescer”, estima Souza.   Indústria   Na indústria, o mês de agosto também registrou queda de 3,4% no consumo de gás natural, na comparação com agosto de 2013. No ano passado, foram 2,79 milhões de metros cúbicos, frente a 2,70 milhões de metros cúbicos consumidos em agosto deste ano.   Residencial   O principal aumento de consumo registrado pelo levantamento da Abegás em Minas foi referente ao gás natural residencial. A expansão foi de 0,7%. Na sequência, o gás utilizado na geração de eletricidade teve aumento de consumo de 0,3%, no mesmo período de comparação.    O gerente de projetos de implantação de gás residencial da Gasmig, Marcelo Sant’Anna, explica que o consumo cresce motivado pela expansão da rede domiciliar. “Já levamos o gás domiciliar a 1.415 lares da cidade e a meta é chegar a 70 mil em 2017.    No primeiro semestre, o consumo residencial aumentou para 23 mil metros cúbicos por mês e, hoje, os empreendimentos já são planejados para receberem a canalização”, explica Sant’anna.

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