A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), ligada à Central Única dos Trabalhadores (CUT), aprovou nesta quinta-feira o corte de 0,25 ponto porcentual na taxa Selic para 7,25% ao ano e avaliou que a queda precisa contagiar os juros bancários. "Essa tendência de cortes precisa contagiar os juros praticados pelos bancos, cujas reduções alardeadas têm sido insuficientes para expandir e baratear o crédito para pessoas físicas e jurídicas", disse o presidente da entidade, Carlos Cordeiro, em nota.
Para a Contraf, apesar das quedas sucessivas da Selic, os bancos permanecem com juros e spreads bancários "entre os mais altos do mundo", o que barraria o aumento da oferta de crédito, "indispensável para fomentar o crescimento econômico do País". Cordeiro afirmou ainda que os bancos elevaram as tarifas para compensar as reduções de juros e criticou a falta transparência na relação dos bancos com os clientes.
"O Banco Central deveria obrigar os bancos a padronizar a nomenclatura de seus pacotes de tarifas, de forma a facilitar a comparação dos valores, e a publicar extratos mensais para que os clientes saibam quanto estão pagando de juros e de tarifas", afirmou. O presidente da Contraf avalia que os juros mais baixos são fundamentais para incentivar a produção e o consumo, aquecer a economia, distribuir renda, combater a miséria, promover a inclusão social e enfrentar o endividamento e a inadimplência.
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