(Eugenio Moraes)
Ter ou não o próprio negócio, eis a questão. Para aqueles que optam pela resposta afirmativa, o cooperativismo tem sido uma alternativa às empresas convencionais. De acordo com o último levantamento feito pelo Sistema Ocemg, órgão de representação do setor em Minas Gerais, o faturamento das cooperativas mineiras cresceu 12,3% em 2012 na comparação com o ano anterior, chegando a R$ 30,6 bilhões.
Segundo o presidente do Sistema, Ronaldo Scucato, a escolha pelo modelo é pessoal e deve levar em consideração os diferentes aspectos, dos ramos de atividades abrangidos (agropecuário, consumo, crédito, educacional, especial, habitacional, infraestrutura, mineral, produção, saúde, trabalho, transporte e turismo e lazer).
De acordo com Scucato, independentemente do ramo de atuação, existem pré-requisitos obrigatórios para a constituição de uma cooperativa. Um deles é o número de associados. “É preciso ter, no mínimo, 20 pessoas para cooperativas em geral”, afirma Scucato.
Exigências
Além do número mínimo de associados, outra exigência é a de que todos tenham uma formação específica e adequada à natureza do negócio. As cooperativas médicas, por exemplo, devem ser compostas por profissionais da área. “São exigências normais, de acordo com o estatuto. No mais, elas não diferem muito das de outras empresas”, diz o presidente do Sistema Ocemg.
Hoje, Minas soma quase 1,1 milhão de associados em 732 cooperativas, que geram 35 mil empregos diretos. Para abrir uma, os interessados precisam elaborar um projeto a partir de um estudo profissional sobre sua viabilidade econômica, a fim de garantir que o empreendimento sobreviva. O passo seguinte é a elaboração de uma ata de constituição e de um estatuto social.
Para Scucato, é importante ter em mente que a abertura sem propósito de uma cooperativa não interessa ao setor.
“Quando os interessados nos procuram para abrir uma cooperativa, perguntamos a localização dela. Se já houver outra com a mesma finalidade, indicamos a abertura de postos, de maneira a aumentar o número de associados, e não o de cooperativas. Não nos interessa abrir mais uma unidade só por abrir”, afirma.