O Comitê de Política Monetária (Copom) define nesta quarta-feira (17) os rumos da taxa básica de juros da economia, a Selic, atualmente no menor patamar histórico, de 7,25%. A decisão é tomada em meio ao estouro do teto da meta de inflação de 6,5% no acumulado de 12 meses em março, e um cenário internacional incerto, com crescimento menor da China, Europa em recessão e lenta retomada dos Estados Unidos, alvo do atentado de Boston na segunda-feira (15)

De um lado, parte dos economistas defende que a autoridade monetária eleve os juros para tentar conter o avanço do dragão. Por outro, indicadores econômicos apurados na terça-feira (16) mostram um arrefecimento da inflação, dando força àqueles que defendem a manutenção da taxa.

O Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S), por exemplo, ficou em 0,65% na segunda quadrissemana de abril. O resultado ficou abaixo do registrado na primeira leitura do mês, quando o índice subiu 0,71%. Até então vilão da inflação, o grupo alimentação teve o principal peso na desaceleração dos preços. O IGP-10 de abril (0,18%) abaixo das estimativas também ajuda a impedir apostas mais agressivas.

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