Correção: governador do MS critica leilão de rodovia

Renan Carreira e Gabriela Mello
09/10/2013 às 23:36.
Atualizado em 20/11/2021 às 13:12

Na nota enviada anteriormente, a sigla do Mato Grosso do Sul foi grafada de forma incorreta no título. Segue matéria com título corrigido.

O governador do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), disse nesta quarta-feira, 9, durante o Fórum Estadão Regiões sobre o Centro-Oeste, que é irreal o governo federal achar que vai fazer leilão de rodovia com uma Taxa Interna de Retorno (TIR) tão baixa.

"É mais do que urgente que o governo federal não queira restringir tanto a TIR. É ilusório achar que os empresários vão fazer (as rodovias) com TIR de 5%, 6%, 7%", disse Puccinelli.

Ele ainda criticou a concessão de estradas já feitas pelo governo federal. "Qual das estradas que os espanhóis venceram tem um quilômetro feito? (O governo) fez o papel de bom mocinho, mas a proposta é irreal e hipócrita", afirmou ele, acrescentando que "não pode superfaturar, mas não pode fazer com taxa que não tenha retorno."

Puccinelli afirmou também que os Estados estão piores que os municípios no que se refere a endividamento. "Precisamos de aeroportos regionais, portos, rodovias, enfim, precisamos de infraestrutura. Mas os Estados não têm dinheiro para isso." Ele disse que este ano o governo do MS vai pagar R$ 1 bilhão em encargos financeiros sem amortização do principal. "O governo federal impôs que os Estados paguem 15% da receita líquida corrente. Pedimos que isso baixe para 9%. Com esse novo indexador, vai baixar para 10,5%".

O governador do Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), avaliou que o novo indexador não resolve a questão do endividamento, mas ameniza. O vice-governador de Goiás, José Eliton de Figuerêdo Júnior, afirmou que o grande questão que todos os Estados colocam é a diminuição do comprometimento da receita em relação à dívida. "Da ordem de 9% traria alívio à dívida."

Puccinelli disse ainda que os "empedernidos" do Tesouro Nacional não negociam dívida. "A proposta chega lá, bate e volta." Ele também criticou a Lei Kandir, "que os burros dos governadores anteriores assinaram", porque faz com que o governo federal não devolva ICMS.
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