Crescimento do PIB deve ser de 1,3% em 2012, diz Ibre

Vinicius Neder
10/09/2012 às 23:27.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:10

O Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) prevê crescimento de 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, com a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 5,4%. A estimativa para o crescimento econômico está abaixo da média do mercado, conforme o Boletim Focus, pesquisa semanal do Banco Central (BC).

Nesta segunda-feira (10), pesquisadores do Ibre/FGV debateram as perspectivas para a economia no Seminário de Análise Conjuntural, no Rio. O coordenador geral de Pesquisa Econômica Aplicada do Ibre/FGV, Armando Castelar, destacou o alto grau de incerteza na atual conjuntura, ao fazer um resumo ao fim dos debates. "Não sabemos o que há pela frente", disse Castelar, destacando que os indicadores atuais apontam para sentidos diferentes.

O cenário central do Ibre/FGV exposto no seminário considera crescimento de 0,8% do PIB no terceiro trimestre e 1,3% no quarto, sempre na comparação com o trimestre anterior, o que foi classificado como "cenário otimista" por Silvia Matos, coordenadora técnica do Boletim Macroeconômico do instituto. A pesquisadora destacou também que, com a queda da arrecadação tributária, o superávit primário do setor público deverá ficar em 2,4% neste ano, abaixo da meta de 3,1% do governo federal. Para 2013, Silvia informou que o Ibre estima 2,8%.

Os economistas do Ibre também destacaram a dificuldade de prever os rumos da política monetária. "Lendo a ata (da última reunião do Copom do BC) com muito cuidado, não fica claro se haverá mais um corte de 0,25 ponto na Selic", afirmou Silvia, referindo-se à taxa básica de juros, hoje em 7,5%.

A previsão do Ibre para a inflação medida pelo IPCA é de 5,4% para este ano e 5,9% para 2013, mas um cenário alternativo com mais crescimento poderá trazer mais inflação. O pesquisador Salomão Quadros destacou que, se a desoneração da conta de luz residencial pressionará os preços para baixo, reajustes das passagens de ônibus, a retirada de tarifas reduzidas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em determinados setores e um provável aumento da gasolina poderão pressionar a inflação para cima em 2013.
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