Das empresas globais, 21% investirão no Brasil, aponta pesquisa

Janaína Oliveira - Do Hoje em Dia
14/01/2013 às 10:35.
Atualizado em 21/11/2021 às 20:36

O Brasil e seus companheiros do Brics – Rússia, Índia e China – serão os principais destinos de investimentos transnacionais pelos próximos 12 meses. O Relatório Internacional de Negócios 2012, divulgado pela consultoria Grant Thornton, mostra que 57% das companhias globais planejam investir em um ou mais países do grupo em 2013. A África do Sul, que desde 2011 faz parte do grupo, não foi incluída no estudo.

Sozinha, a China será destino de investimento de 31% dessas empresas. Já o Brasil receberá inversões de 21% delas.

 

 
Origem dos recursos

O Brasil desperta mais a atenção das multinacionais espanholas (45% delas pretendem investir no país), das americanas (42%) e argentinas (35%). Copa do Mundo, Olimpíadas, o pré-sal e a explosão de consumo da nova classe média são fatores que fazem brilhar os olhos dos executivos estrangeiros.

“Com os problemas econômicos enfrentados pela Europa, Estados Unidos e Japão, os emergentes, mesmo sofrendo impacto da crise, ainda aparecem como melhor alternativa”, diz o sócio-diretor da Grant Thornton do Brasil, Paulo Dortas.
 
Mas o Brasil deve se cuidar. Com a crise internacional, a disputa entre os países ficou mais acirrada. E fatores como ‘pibinho’, inflação, infraestrutura deficiente, corrupção e burocracia podem brecar os planos de quem planeja aportar em terras tupiniquins.
 
“É preciso colocar as obras e reformas necessárias de pé para que não haja frustração por parte dos investidores”, adverte Dortas.
 
O alerta está no relatório. Segundo a pesquisa, que ouviu 3.200 empresários no mundo e 300 no país, o Brasil começa a sofrer uma forte concorrência na preferência de investimentos. Os principais adversários são alguns vizinhos e países latino-americanos, como México, Peru e Chile, que hoje apresentam uma economia mais equilibrada.
 
“O dever de casa deve ser feito. O governo precisa parar de reduzir IPI de geladeira e colocar em práticas as concessões e as obras em rodovias, portos e aeroportos, além de reduzir o Custo Brasil”, afirma o executivo.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por