RIO DE JANEIRO - Dados preliminares, divulgados nesta sexta-feira (8) pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), mostram que a energia demandada (carga de energia) do Sistema Interligado Nacional subiu 4,9% em janeiro, em comparação a igual mês do ano passado. Nos últimos 12 meses, foi registrada alta de 4,5%. Em relação a dezembro de 2012, a variação, porém, foi negativa (-0,6%).
O nível de utilização da capacidade instalada da indústria apresentou ligeira elevação em janeiro (84,4% contra 84,1% em dezembro), de acordo com dados da Fundação Getulio Vargas - superando a média histórica dos últimos cinco anos (83,6%), segundo o ONS.
Influenciou também o resultado de janeiro as temperaturas mais amenas para esta época do ano, em especial no Subsistema Sudeste/Centro-Oeste, responsável por 60% da carga total do sistema interligado.
O maior aumento da carga em janeiro ocorreu no Subsistema Nordeste (8,5%). Técnicos do ONS explicam que a alta ocorreu em razão do tempo seco nas áreas litorâneas. Com isso, o consumo de energia aumentou por causa do uso e compra de aparelhos de ar-condicionado, sobretudo pelos consumidores residenciais. Em relação a dezembro, a alta atingiu 1,3%. Nos últimos 12 meses, a expansão chegou a 7,3%.
No Subsistema Sudeste/Centro-Oeste, o aumento foi 4,8% contra o mesmo mês do ano anterior. Segundo o ONS, o resultado foi influenciado porque as temperaturas ficaram abaixo das esperadas para o período, reduzindo a demanda de energia para refrigeração. Na comparação com dezembro, houve queda (-1,9%). No acumulado de 12 meses, a carga elevou 4%.
O Subsistema Sul registrou taxa de crescimento da carga de 4,3% em janeiro. Em comparação a dezembro, a variação se manteve positiva, mas em menor escala (2%). No período de 12 meses, a expansão da carga alcançou 5,4%. O aumento acompanha o desempenho econômico da região, em especial da agroindústria, salientou o ONS.
Já o Subsistema Norte mostrou queda da carga de 1,3% em janeiro em relação a igual mês de 2012, devido à redução temporária do consumo de energia pelos setores de alumínio, níquel e ferro, considerados grandes consumidores. Na comparação com dezembro, o aumento chegou a 0,8%, e no acumulado de 12 meses, alta de 0,6%.