Dependente da mineração, Prefeitura de Itatiaiuçu firma acordo para diversificar a economia local
Presidente da Amig, José Fernando, presidente do Ibram, Raul Jungmann, e o prefeito de Itatiaiuçu, Romer Soares (Lucas Prates / Hoje em Dia)
O município de Itatiaiuçu, na Região Central de Minas Gerais, assinou, nesta quarta-feira (31), o Protocolo de Intenções, documento que firma acordo para diversificar a economia local para além da mineração. O acordo é firmado entre a prefeitura, o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) e a Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais e do Brasil (Amig).
Itatiaiuçu se torna a segunda cidade mineira a assinar o acordo. A primeira foi Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
O prefeito em exercício de Itatiaiuçu, Romer Soares (Cidadania), afirmou que, a partir da assinatura do documento, começa uma “nova era” para a cidade.
“Começa uma nova história para Itatiaiuçu. Tendo como pilar a mineração, mas já começa a diversificar essa economia com sustentabilidade. Hoje, 80% da arrecadação vem das mineradoras, isso nos preocupa muito. Eu quero que no dia em que a mineração acabar, a cidade esteja diversificada e os moradores estejam com uma qualidade de vida muito boa”, afirma.
Segundo o prefeito, esse processo se trata de antecipar uma exaustão do setor, já que as mineradoras dizem ter vida útil até 2050 no município. De acordo com o presidente do Ibram, Raul Jungmann, a mineração é fadada a acabar sempre. “É um bem não renovável, um dia acaba. E quando acaba, há uma redução de imposto, de emprego, de arrecadação, e a cidade sofre. Então, a diversificação é necessária para que existam outras atividades produtivas que deem sustentação à cidade”, diz.
“A mineração brasileira após (as tragédias de) Mariana e Brumadinho teve que se reinventar e inaugurar um novo tempo, onde a sustentabilidade e a segurança estejam em seu DNA”, declara o presidente da Amig, José Fernando Aparecido de Oliveira.
Itatiaiuçu tem mais de 11 mil habitantes, segundo o último levantamento do IBGE. A receita do município, segundo a prefeitura, é de R$ 141 milhões por ano. A cidade está a 70 quilômetros de Belo Horizonte.
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