Depois de duas semanas de queda, inflação volta a subir em BH; pó de café é um dos vilões
Queda nos preços da gasolina comum, automóvel novo e celular ajudaram a segurar índice, alavancado por condomínio, energia elétrica residencial e excursões
Após duas semanas de queda, a inflação em Belo Horizonte voltou a subir. E, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (19) pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis (Ipead) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), um dos vilões foi o pó de café, com alta de 16,66%.
"A questão mais relevante é que tivemos queda em agosto. Foi a primeira queda mensal da inflação em 2024. E voltou a subir. A inflação da alimentação vinha caindo há mais tempo. Agora teve a primeira alta. E o café foi um dos que mais subiram", destacou Diogo Santos, economista do Ipead.
Além do café, contribuíram para esta alta: condomínio e tarifa de energia elétrica residenciais - neste mês está valendo bandeira vermelha na conta de luz - e o preço de excursões (viagens).
A pesquisa também revelou que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de BH apresentou alta de 0,22% na segunda prévia semanal de setembro. Uma inversão do resultado da quadrissemana anterior (-0,21%).
No decorrer deste ano, o IPCA da capital registra um aumento acumulado de 6,20%, enquanto nos últimos 12 meses a alta é de 7,94%. Em comparação ao mesmo período do ano anterior, houve desaceleração - o índice havia registrado alta de 0,31% na segunda semana de setembro de 2023.
Já o Índice de Preços ao Consumidor Restrito (IPCR) de Belo Horizonte, que considera os gastos das famílias com renda de até 5 salários mínimos, experimentou alta de 0,17% nesta segunda medição de setembro, o que também representa uma inversão do resultado da semana anterior (-0,20%). Este ano, o IPCR acumula crescimento de 5,88% e, nos últimos 12 meses, crescimento de 7,61%. No mesmo período do ano anterior, houve alta maior no IPCR, de 0,54%.