Desemprego cai para 4% em BH e aumenta o poder de compra

Bruno Porto - Do Hoje em Dia
26/10/2012 às 11:55.
Atualizado em 21/11/2021 às 17:34

(Marcelo Prates)

O mercado de trabalho em Belo Horizonte anda tão aquecido que até quem havia desistido de procurar emprego foi contratado. A taxa de desocupação de 4%, registrada em setembro, é a segunda menor do país, mais baixa para o mês desde 2002 e o segundo melhor resultado da história do indicador, que começou também naquele ano.

A pesquisa de emprego, divulgada na última quinta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta ainda para o aumento do poder de compra do trabalhador mineiro em 9,3% neste ano. Revela também que 46 mil pessoas que haviam desistido de procurar emprego voltaram à caça por um trabalho e foram admitidos no mês passado.

Na divisão por setores, mesmo com uma redução de 3,1% nos empregados pela indústria, que demitiu 14 mil trabalhadores de agosto para setembro, e de queda de 3,8% no segmento de educação, saúde e administração pública, o comércio (alta de 4,8%) e os serviços domésticos (ampliação de 10,5%) viabilizaram a redução no desemprego no mês.

O aquecimento favorece o aumento do rendimento real médio dos trabalhadores. Em setembro na comparação com agosto a elevação é de 2% e, no ano, de 9,3%. O rendimento real médio na capital mineira fechou o mês passado em R$ 1.770,20.

A pesquisadora do IBGE, Adriana Beringuy, observou que como já está descontada a inflação, este crescimento se caracteriza como maior poder de compra. “O aquecimento da economia em Belo Horizonte vinha sendo percebido já em períodos anteriores. Em setembro, mesmo com a entrada de inativos no mercado, que normalmente têm salários menores, houve alta no rendimento”, disse.

O maior poder de compra foi conseguido por influências do comércio, com alta de 9,8% em setembro e de 15,3% no ano. Também contribuiu positivamente o setor de serviços prestados às empresas, com expansão de 9,3% de agosto para setembro e de 17% no acumulado do ano.

Houve redução do rendimento, segundo o IBGE, na construção civil, que contabiliza queda de 3,3% em setembro ante agosto, mas que permanece com variação positiva de 7,5% no ano. l

 

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por