Dia das Mães teve queda de vendas em Belo Horizonte

Tatiana Moraes - Hoje em Dia
13/05/2014 às 07:32.
Atualizado em 18/11/2021 às 02:33
 (Frederico Haikal)

(Frederico Haikal)

A inflação em alta e o mal estar causado pela desaceleração econômica bateram de frente com o Dia das Mães, reduzindo o faturamento do comércio. Segundo a Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), o varejo brasileiro registrou queda de 3,55% nas vendas relativas à data deste ano, na comparação com 2013. Na capital mineira, de acordo com a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), houve redução de 2,5% na mesma base de comparação. Os shoppings, no entanto, apontaram aumento de vendas.

Na Savassi, as lojas registraram recuo de 5% em média, conforme aponta o diretor da CDL-BH para a região, Alessandro Runcini. Ele afirma que algumas lojas apontaram quedas mais acentuadas, enquanto outras apresentaram bom desempenho, formando o índice. “Este ano foi mais complicado em decorrência do cenário macroeconômico. E não foi só na Savassi, o comércio em geral não teve bom desempenho”, afirma.

A economista da CDL-BH, Ana Paula Bastos, comenta que o índice reflete apenas as vendas a prazo. Em Belo Horizonte, segundo pesquisa de intenção de consumo realizada pela entidade antes do Dia das Mães, 45% das pessoas tinham intenção de comprar à vista, enquanto 23,32% previam adquirir o presente da mãe no cartão de crédito. Normalmente, as posições são invertidas.

Ela explica que a mudança no perfil do consumidor em 2014 reflete a posição mais cautelosa adotada pelos clientes. Com a inflação apertando, o tíquete médio diminuiu. A maior fatia das pessoas consultadas (22,87%), conforme apontou a pesquisa, previa comprar presentes com preços entre R$ 30 e R$ 50. O valor é o menor dos últimos cinco anos. No ano passado, o tíquete médio do maior grupo (23,62%) ficou entre R$ 100,01 e R$ 150,00.

Na Colar, loja especializada em bijuterias e acessórios com unidades no BH Shopping, Shopping Cidade e Pátio Savassi, as vendas caíram 8% no confronto com o ano passado, conforme as proprietárias da rede, Ângela Vitorino e Isabelle Guimarães. “Percebíamos que as pessoas queriam levar algo mais caro, mas elas estavam cautelosas. A maioria dos consumidores pedia sugestões de presentes que custassem até R$ 50”, diz Isabelle.

Nos shoppings de uma forma geral, a situação foi diferente. No Shopping Cidade, por exemplo, a troca de cupons da promoção vigente foi 10,2% superior à registrada em 2013. Conforme afirma a gerente de Marketing do mall, Carolina Vaz, o índice reflete a receita. A expectativa era de 12% de alta no confronto com o ano passado.

“O shopping fez uma campanha grande com sorteio de carros, abre domingo em horário diferenciado e faz promoções para estacionamento em horários específicos. Foi uma estratégia muito bem amarrada. Em um cenário economicamente conturbado, não poderíamos errar”, afirma.
 

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