Dilma busca apoio de empresários para crescimento

Rafael Moraes e Moura Tânia Monteiro
Publicado em 11/01/2013 às 11:08.Atualizado em 21/11/2021 às 20:32.

Após o pífio crescimento da economia brasileira no ano passado e sob especulações de racionamento de energia nos próximos meses, a presidente Dilma Rousseff se reuniu nesta quinta-feira (10) com empresários para escutar o setor e pedir investimentos que resultem na criação de empregos.

"Ela (Dilma) está interessada em ouvir o setor empresarial para saber o que pode ser feito para destravar o País e promover o crescimento", comentou o diretor-presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, que destacou os investimentos de R$ 17 bilhões do grupo empresarial previstos para este ano.

Entre os gargalos citados pelo empresário estão o alto custo da energia elétrica e a precariedade da infraestrutura. "Energia tem de ser muito trabalhada, assim como a questão da infraestrutura, da competitividade, da produtividade", disse. Odebrecht frisou que os investimentos que interessam à empresa estão todos na área de infraestrutura. "É saneamento, logística, portos, aeroportos", listou.

O presidente da Vale, Murilo Ferreira traçou um panorama positivo para 2013. "Fizemos (à presidente Dilma) as nossas observações sobre o que está acontecendo na China", disse.

"Evidentemente o ambiente econômico (está) muito mais favorável do que nós tínhamos nos primeiros nove meses (de 2012)." No ano passado, a cotação do minério de ferro ficou abaixo de US$ 90 a tonelada. Atualmente, a tonelada está por volta de US$ 150.

Em outra audiência, o presidente do Conselho de Administração da Cosan, Rubens Ometto, discutiu com a presidente Dilma Rousseff o plano de investimentos do grupo para 2013, que deverá chegar a R$ 5 bilhões.

De acordo com ele, a nova safra, que começa em abril, deve chegar a 600 milhões de toneladas de cana, ante cerca de 570 milhões da anterior.

Rubens Ometto disse que não discutiu o risco de racionamento de energia com Dilma, mas avaliou que não vê com "gravidade" o tema. "Quando você depende de clima, é uma coisa preocupante, mas também não vejo esse problema com essa gravidade", disse o empresário. "Acho que não vai haver racionamento." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo


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