Dilma desiste de privatizar aeroportos do Galeão e de Confins

Do Portal HD *
23/08/2012 às 22:22.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:42

A presidente Dilma Rousseff desistiu de privatizar dois dos maiores aeroportos internacionais do país - o Tancredo Neves, em Confins, e o Antônio Carlos Jobim, o Galeão, no Rio de Janeiro, por questões financeiras. O governo estuda adotar e poderá adotar para estes dois casos uma Parceria Público-Privada com um grande gestor aeroportuário estrangeiro, que atuaria em parceria com a Infraero.

A decisão, no entanto, não será aplicada aos demais terminais, que manterão o modelo de concessão. É o caso de Guarulhos (SP), Brasília, Viracopos (Campinas) e o novo de São Gonçalo do Amarante (RN).

A ideia é de que a Infraero incorpore novas práticas de gestão e sistemas tecnológicos mais avançados, atraindo um grande parceiro privado, com experiência em administrar aeroportos com movimento superior a 30 milhões de passageiros por ano.

De acordo com o Governo federal, caso fosse mantida a privatização dos aeroportos do Galeão e de Confins, a Infraero sofreria uma grande perda em sua receita, o que não seria interessante, já que a estatal tem uma rede de 63 aeroportos para administrar, inclusive terminais não lucrativos, porém importantes para o país.

Dados da Infraero mostram que o Galeão registrou em 2011 lucro líquido de R$ 59,24 milhões e Confins, R$ 39,8 milhões. Congonhas (SP), um dos mais rentáveis da rede, teve lucro de R$ 123,58 milhões e Santos Dumont, de R$ 29,55 milhões.

Cabral aprova gestão compartilhada  para o Galeão

O governador do Estado, Sérgio Cabral, defendeu a proposta do governo federal de que o Aeroporto Internacional do Galeão seja gerido de maneira compartilhada entre a Infraero e uma grande empresa internacional do ramo. “[A decisão federal] é um sinal de apreço, de respeito e de uma atenção muito especial ao tomar uma decisão que encurta caminho trazendo uma operadora do sistema privado internacional para ser parceira da Infraero”, disse o governador, ao comentar o posicionamento da presidente Dilma Rousseff de aplicar o modelo no aeroporto carioca e no Aeroporto Internacional Tancredo Neves – Confins, em Belo Horizonte.

Segundo Cabral, a gestão do equipamento precisa passar por modernização e o modelo de parceria empresarial seria uma alternativa válida e positiva. “É fundamentalmente uma empresa especializada em gestão de aeroportos com mobilidade para tratar o aeroporto como shopping de serviços, que é o que ele é”, disse.

* Com Agências

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