Dívidas reduzem valor das compras no Dia dos Pais

Janaína Oliveira - Hoje em Dia
05/08/2015 às 06:39.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:13

Com o avanço da inflação e aumento do desemprego e do endividamento, sobrou para os pais. O dia dedicado a eles, no próximo domingo, será de presentes mais baratos.

Levantamento realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), em todas as capitais, mostra que 44% dos consumidores pretendem gastar menos neste ano, na comparação com a data em 2014.

Segundo a pesquisa, feita em parceria com a UFMG, o valor médio por presente será de R$ 119,83, quantia inferior à intenção de gastos apurada para o último Dia dos Namorados, que foi de R$ 138.

“Provavelmente isso não significa que o pai está com menos cartaz que o namorado. A culpa deve ser do aumento da sensação de piora na economia por parte dos brasileiros”, afirma a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

Os dados soam como mais um golpe para o varejo. O indicador de consultas para vendas a prazo feito pelo SPC Brasil havia mostrado em 2014 uma queda de 5% nas vendas do Dia dos Pais, em relação ao ano anterior. Já em 2015, o mesmo indicador apontou recuo nas três datas comemorativas do primeiro semestre do ano: - 4,93% na Páscoa, -0,59% no Dia das Mães e -7,82% no Dia dos Namorados.

“O panorama para o Dia dos Pais também não é muito animador. E o endividamento é a principal razão para a diminuição dos gastos”, destaca.

Produtos mais caros

Com menos sobras no orçamento e diante de preços mais salgados, os consumidores têm se mantido distantes dos principais centros de compras.

Oito em cada dez pessoas ouvidas pela sondagem (76,8%) acreditam que os presentes estão mais caros em 2015 do que há um ano. Além disso, a maioria dos consumidores que tem a intenção de presentear deve comprar apenas um presente (66,4%).

Pagamento à vista

Com medo do futuro, os filhos vão dar preferência ao pagamento à vista em dinheiro. A modalidade será a mais usada (53,3%), bem à frente do cartão de crédito parcelado (18,3%). “As pessoas estão menos seguras em seus empregos”, avalia Marcela.

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