A reabertura parcial de bares e restaurantes de BH a partir desta quinta-feira (de 11h às 16h) não é nem de longe suficiente para eliminar queixas dos empresários do setor quanto às perdas financeiras e às cobranças de impostos e taxas públicas às quais são submetidos, mesmo com funcionamento restrito.
Segundo o presidente da Abrasel-MG, Matheus Daniel, o simples parcelamento de água e luz atrasadas, como anunciado pelo governo estadual, e a prorrogação pela PBH, para 30 de julho, de taxas dos estabelecimentos da capital são medidas paliativas e distantes das necessidades do setor.
“A Abrasel tem um pleito nacional de reparação por parte de prefeituras e governos que puniram injustamente o segmento durante as ações contra a pandemia”, afirma ele. “Em BH, por exemplo, não dá para só aumentar prazos de impostos e taxas porque o dinheiro que não ganhamos quando fechados, simplesmente não ganharemos mais”, completou, lembrando que, em março, 90% dos empresários do setor na cidade tiveram dificuldades para pagar salários.
Resposta
Procurada para responder às queixas, a PBH informou que, em 2020, o governo federal teria assumido custos da pandemia. Este ano, contudo, “as despesas integrais da Covid estão sendo cobertas pelo município com recursos próprios – em março, por exemplo, os leitos de Covid custaram R$ 43 milhões”.
Além disso, a nota sustenta que o Executivo municipal “continua com o programa de cestas básicas, desde de abril de 2020 até hoje, com custo mensal de R$ 26 milhões; e também faz a compra antecipada de vales transporte que gera custo mensal da ordem de R$ 16 milhões”, despesas que não faziam parte das previsões orçamentárias. A PBH ainda promete que, “nos próximos dias, será encaminhado novo projeto de lei para auxiliar ainda mais os empreendedores” de Belo Horizonte.
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