É o menor primário em agosto desde 2002, observa BC

Eduardo Cucolo e Celia Froufe
28/09/2012 às 13:21.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:39

O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, disse nesta sexta-feira, ao comentar o resultado das contas nacionais consolidadas de agosto, que o superávit primário de R$ 2,997 bilhões registrado no mês passado é o mais fraco para meses de agosto desde 2002. Nesse mês daquele ano, o superávit foi de apenas R$ 1,226 bilhão. Afirmou ainda que dezembro será um mês sazonalmente positivo para as contas públicas ao se considerar os efeitos do pagamento do 13º salário.

O pagamento desse benefício pelo INSS, por exemplo, se dá entre agosto e novembro, não impactando o último mês do ano. Além disso, a arrecadação será favorecida pelo Imposto de Renda sobre o 13º do setor privado no fim do ano. O impacto negativo, nesse caso, é o pagamento do benefício para os servidores, que fica concentrado em dezembro.

Maciel informou que as despesas do setor público têm crescido de forma mais moderada em 2012, influenciadas pelos gastos com funcionalismo. Já as despesas com investimentos têm crescido neste ano.

Segundo Maciel, a parte fiscal do governo mostra um quadro "bastante favorável" e deve permanecer sólido nos próximos anos. Ele citou o boxe do Relatório Trimestral de Inflação (RTI) sobre o tema, que foi publicado nesta quinta-feira (27) pela autoridade monetária.

Os estudos do BC, lembrou, foram feitos com base nos parâmetros do mercado, que, conforme Maciel, são mais conservadores do que os da própria instituição. "Em tese, os parâmetros favoreceriam menos, mas, mesmo assim, vemos uma evolução benigna do quadro fiscal", comentou.

Segundo ele, pelo levantamento, o Brasil atingiria em 2016 um déficit nominal abaixo de 1% do PIB, teria dívida liquida abaixo de 30% do PIB, dívida bruta inferior a 50% do PIB e juros perto de 3,5% do PIB. Neste ano até agosto, conforme informou o BC nesta sexta-feira, o déficit nominal está em 2,53% do PIB; a dívida liquida, em 35,1% do PIB; a dívida bruta em 57,5% do PIB e os juros, em 5,09 % do PIB.
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