O governo mineiro arrecadou, em 2012, R$ 60,3 bilhões, valor 10% inferior às expectativas, mas superior ao auferido no ano de 2011 (R$ 54,8 bilhões). Dados do Executivo mostram que a previsão atualizada para a arrecadação era de R$ 67,1 bilhões ao longo do ano passado. Tanto que, o Estado empenhou, em despesas, R$ 62,3 bilhões. Como a receita ficou inferior à prevista, foram autorizados gastos de R$ 60,2 bilhões.
Apesar de frustrar as expectativas, o recurso arrecadado pelo Estado ainda é superior ao computado em 2011, quando foram recolhidos aos cofres do Tesouro R$ 54,8 bilhões.
O desempenho abaixo do previsto pode ser explicado pelo comportamento cambaleante da economia, que restringiu o aumento da arrecadação do principal imposto estadual a 10% em 2012, na comparação com o ano anterior. O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) foi responsável pela receita de R$ 33,1 bilhões. Em 2011, o valor foi de R$ 30,1 bilhões. A proporção do ICMS em relação ao total arrecadado nos dois anos foi o mesmo. Tanto em 2012 quanto em 2011, o tributo correspondeu a cerca 54% da receita total do Estado. Em 2010, por exemplo, a proporção foi de 58%. Os números divulgados pelo governo mineiro estão no site Transparência do Executivo e mostram o fechamento anual até o dia 29 de dezembro. Para 2013, o governo mineiro estima despesas e receitas no valor de R$ 68,1 bilhões.
No dia 7 de dezembro, o governador Antonio Anastasia (PSDB) justificou a possibilidade de desempenho aquém do esperado. Segundo ele, o Produto Interno Bruto (PIB) mineiro não fugiu ao fraco desempenho nacional.
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