Apesar das medidas de estímulo adotadas pelo governo federal, a economia ainda não reagiu. O Produto Interno Bruto (PIB) registrou crescimento de apenas 0,4% no segundo trimestre, na comparação com os primeiros três meses do ano. No primeiro semestre, ante igual período em 2011, a evolução também foi tímida, de 0,6%.

Os dados, divulgados na sexta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), também derrubaram as projeções de crescimento para o ano feitas por economistas de corretoras, consultorias e bancos.
 
Indústria

A indústria continua sendo o setor mais problemático, tendo apresentado queda de 2,5% do primeiro para o segundo trimestre. Já a agropecuária cresceu 4,9% e o setor de serviços, 0,7%. Para a indústria, este foi o pior desempenho desde o primeiro trimestre de 2009, quando a crise global derrubou a atividade em 6,5%. Entre os subsetores da indústria, os destaques negativos ficaram com as indústrias de transformação (-2,5%) e extrativa mineral (-2,3%).

"Os resultados ficaram abaixo das previsões do mercado, do governo e até mesmo da indústria, onde a queda já era esperada, principalmente na transformação. O que nos surpreendeu foi que a construção civil também entrou nesse quadro, com queda de 0,7%", avaliou o economista da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Guilherme Veloso.
 
Pibinho

Mesmo diante do anúncio do pibinho, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, disse acreditar que o setor terá um desempenho melhor neste segundo semestre, com crescimento entre 1,5% e 1,7% no ano. "Estamos aguardando o pacote da indústria. Esperamos que os custos da energia possam ser reduzidos de maneira significativa", afirmou.

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