Empresas mineiras vão às compras de ativos

Tatiana Moraes - Hoje em Dia
05/09/2014 às 07:44.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:05
 (Cristiano Machado)

(Cristiano Machado)

As empresas mineiras saíram às compras no primeiro semestre de 2014. No período, foram registradas 16 transações de aquisições de ativos, alta de 31% na comparação com os primeiros seis meses de 2013. A operação inversa, ou seja, a venda de ativos para empresas de outros Estados ou até mesmo estrangeiras, caiu 45%, fechando o semestre com 19 transações. As informações são da pesquisa de Fusões e Aquisições elaborada pela KPMG.   De acordo com o sócio da empresa de consultoria e responsável pelo levantamento, Luis Motta, a base de comparação de 2013 é forte. Ele explica que foram 32 transações de venda de ativos de empresas mineiras naquele ano, enquanto as companhias do Estado participaram de 11 transações de compra lá fora.    “O que vivenciamos agora é um momento fora da curva. É o mercado voltando ao normal”, afirma Motta. Segundo ele, Minas Gerais fica atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro na quantidade de operações. Em 2012 as empresas mineiras participaram de 22 transações de venda de parte do capital. No mesmo ano, foram 6 de compra.   Em 2014, das 19 operações de aquisição de ativos de empresas mineiras, quatro envolveram o setor de tecnologia da informação e outras quatro o segmento de mineração. Conforme explica o líder do escritório de Belo Horizonte da KPMG, Marco Tulio Ferreira, essas operações podem significar que uma empresa foi completamente vendida para outra ou, até mesmo, que parte do capital foi dividido entre outras três companhias. “Neste caso, contabilizamos três transações”, comenta Ferreira.   Ainda de acordo com ele, o fato de uma empresa de Minas Gerais receber investimento externo sinaliza aumento de governança corporativa e profissionalização. A compra de ativos de fora também é benéfica, pois indica que o parque mineiro está apto a crescer fora da fronteira.   Como exemplo das empresas que adquiriram capital de companhias mineiras é possível citar a compra da fatia que a EBX, de Eike Batista, possuía na Six Semicondutores, de 33%, pelo grupo argentino Corporación América. As negociações foram concluídas em janeiro. A Six, que irá fabricar chips para aplicações industriais e médicas, está localizada em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).    A conclusão da compra da Fidelle Corretora de Seguros, com sede em Belo Horizonte, pela Brasil Insurance, no início do ano, também ilustra o quadro.

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