Exportação de carne deverá crescer, mesmo com embargo

Jeanette Santos - Do Hoje em Dia
05/01/2013 às 08:44.
Atualizado em 21/11/2021 às 20:18
Novas normas foram divulgadas pela Febraban (Divulgação )

Novas normas foram divulgadas pela Febraban (Divulgação )

A suspensão da importação de carne brasileira, decretada até agora por onze países após o anúncio de um caso da doença da vaca louca, verificado no Paraná, não terá força para reverter a tendência de crescimento do setor em 2013. A avaliação é da Associação Brasileira da Indústria de Carnes (Abiec).

De acordo com levantamento da entidade, de janeiro a novembro do ano passado, o país exportou US$ 5,2 bilhões em carnes, valor 6,35% maior que o do mesmo período de 2011. O volume de carne bovina vendido ao exterior, no entanto, cresceu 12,25%.
Minas Gerais, segundo dados da Secretaria estadual da Agricultura e Pecuária (Seapa), respondeu por 7,5% do abate nacional.
Contaminação
 
A Rússia, que importou 34,4 mil toneladas de carne bovina brasileira, foi o primeiro país a suspender as compras. A Arábia Saudita, que em 2012 comprou 34,44 mil toneladas, comunicou ao governo brasileiro que retomará a importação de animais vivos.

Na quinta-feira (3), Peru e Líbano informaram oficialmente que aderiram ao embargo, mas apenas para as carnes provenientes do Paraná. Japão, África do Sul, Jordânia, Coreia do Sul, Taiwan e China não importarão qualquer produto brasileiro, seja animal vivo ou congelado.

Juntos, esses países respondem por cerca de 7,1% da carne brasileira exportada. Mesmo que limitadas, a decisão de embargo à carne bovina mostra que os argumentos brasileiros não conseguiram conter o efeito dominó. Os maiores importadores, no entanto, ainda não aderiram ao embargo.

Após várias rodadas de explicações dadas por técnicos do Ministério da Agricultura e por diplomatas brasileiros na Organização Mundial do Comércio (OMC), o governo não descarta a possibilidade de fazer uma apelação.

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