Falta pessoal para preencher vagas de trabalho temporário no período natalino

Jeanette Santos - Do Hoje em Dia
05/11/2012 às 06:48.
Atualizado em 21/11/2021 às 17:52

(André Brant)

A dificuldade no preenchimento das vagas temporárias no comércio pode comprometer o atendimento ao público neste final de ano na capital e no interior. Desde a segunda quinzena de outubro, as empresas estão empenhadas em recrutar cerca de 16 mil trabalhadores, de acordo com estimativa do Data Popular, para assegurar as vendas, que só no setor de supermercados deverão crescer 5,5% em dezembro comparado ao faturamento do ano passado com as vendas de fim de ano.

A falta de qualificação e o desinteresse dos candidatos em função dos salários oferecidos pelo mercado e da jornada de trabalho estendida, que exige disponibilidade nos domingos e feriados, são os maiores entraves para preencher os quadros. “Iniciamos uma campanha em maio na perspectiva de atrair mulheres maduras, independentes, com mais de 40 anos para a função de operadoras de caixa. Tivemos uma boa resposta, mas não o suficiente para suprir as nossas necessidades”, revelou Gisele de Matos Fonseca, coordenadora de Recursos Humanos do Supermercados BH. A empresa, que tem 113 lojas e conta com cerca de 20 mil empregados, está com uma defasagem de 500 funcionários, boa parte operadores de caixa. Para o final de ano, o apelo tem sido aos jovens em busca do primeiro emprego. Diante da necessidade, “os contratados temporariamente têm todas as chances de se efetivarem”, avisa.

Com a taxa de desemprego na capital e região metropolitana estabilizada em 5% no mês de setembro, segundo levantamento do Dieese/Seade, a busca por mão de obra no comércio fica ainda mais difícil. “Apesar da flexibilidade em relação ao nível de escolaridade e experiência profissional é cada vez mais difícil encontrar pessoas com perfil adequado para o atendimento ao público e principalmente apta para o manuseio de alimentos”, confirma a responsável pela seleção e contratação do Supermercado Guarim, Dalila Silva.

Para outras funções, que não estão na linha de frente, mas são fundamentais para as vendas, a solução encontrada pelas empresas tem sido o aproveitamento da prata da casa, usando os mais experientes para treinar os novatos interessados em aprender funções como por exemplo, açougueiro e cortador de frios. “A situação esteve pior há dois anos. Estimulamos exaustivamente as empresas a treinarem e qualificarem os seus funcionários para evitar um apagão”, afirmou Adilson Rodrigues, presidente da Associação Mineira de Supermercados (Amis).

Alertada para o problema, a Secretaria Estadual de Trabalho e Emprego (Sete) instituiu cursos gratuitos de qualificação para o setor. “Dispomos de 685 vagas em cursos para o comércio e serviços como operador de caixa, técnico de vendas e estoquista, mas só conseguimos montar quatro turmas com 105 alunos”, revelou Bruno Dias Magalhães, superintendente de Formação e Qualificação para o Trabalho da Sete.
 
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