Feriados trarão prejuízo de R$ 1 bilhão ao comércio da capital mineira

Janaína Oliveira - Hoje em Dia
31/12/2014 às 08:29.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:31
 (Marcelo Prates/Hoje em Dia)

(Marcelo Prates/Hoje em Dia)

Adorados pela maioria dos trabalhadores, os feriados são vistos como algozes por setores da economia. Em 2015, na capital mineira, serão pelo menos 12, sendo que a metade cairá na segunda ou na sexta-feira. Com tantos dias de lojas fechadas, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) calcula que o prejuízo ultrapasse a casa de R$ 1,06 bilhão no ano que vem. Em 2014, quando alguns feriados aconteceram nos finais de semana, o rombo foi de 950 milhões.    Segundo o presidente da CDL-BH, Bruno Falci, tantos feriados em dias úteis são um convite à possibilidade de enforcamento, já que as datas favorecem quem deseja pegar a estrada ou o caminho do aeroporto. E o resultado é pouco movimento no comércio. “Quando há muita indústria em um município, normalmente o funcionário volta ou nem viaja, porque precisa trabalhar no dia seguinte. Mas aqui, onde o forte são serviços e comércio, a coisa se complica. Esses feriados criam um desânimo na capital”, diz.    Segundo Falci, apenas no Carnaval, quando as lojas não abrem as portas na segunda e terça-feira, e o expediente só retorna ao meio-dia da quarta-feira de Cinzas, a perda financeira aproxima-se de R$ 190 milhões. “Em um só dia de comércio fechado, o setor deixa de faturar R$ 76,01 milhões. Mas quando os feriados caem na terça ou quinta, o impacto sobre o varejo é ainda pior, pois o consumidor pode emendar o feriado com mais um dia útil e com o final de semana que antecede ou sucede a data”, reclama.    Em 2015, na terça e na quinta serão comemorados dois feriados. O primeiro é no dia 21 de abril, em homenagem a Tiradentes. O outro cai em 4 de junho, Corpus Christi. O ano que vem terá ainda três feriados na segunda – 7 de setembro, 12 de outubro e 2 de novembro – e três na sexta, quando são celebrados Paixão de Cristo, em 3 de abril, Dia do Trabalho, no 1º de maio, e o Natal.    Para o dirigente, com o que chama de excesso de feriados, perdem patrões e empregados, uma vez que a maioria dos comerciários ganha comissão sobre as vendas para complemento do salário.    “O feriado é bom, desde que não atrapalhe a economia. No nosso caso, um setor importante fica desativado, o que gera reflexos ruins no PIB, que já anda mal das pernas”, comenta Falci.

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