FGV: alimentos continuarão pressionando inflação

Fernanda Nunes
08/10/2012 às 13:43.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:55

O grupo Alimentação deve continuar influenciando a alta da inflação esperada para os próximos meses deste ano, segundo o economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Salomão Quadros. Ele argumenta que altas registradas no atacado são aguardadas para o varejo. É o caso do arroz, que no atacado acumula alta no ano de 35,95%, enquanto no varejo avançou em proporções bem menores, de 16,56%, considerando o mesmo período de variação de preços.

O economista aposta em alta da inflação de todo o grupo alimentação no varejo, captada pelo Índice de Preços ao Consumidor - Disponibilidade Interna (IGP-DI), de pelo menos 1% em outubro. "Vamos acabar de absorver o choque agrícola nos próximos meses. Para no início do ano que vem ver a inflação recuar, porque vai vigorar a desoneração da energia elétrica. É uma desoneração grande para um item que tem peso grande no índice. Em contrapartida, a economia vai crescer. A tendência é de elevação de preços. Em que intensidade, ainda teremos que observar", disse Quadros.

Para o economista, a inflação voltou a ser prioridade para a equipe econômica do governo, em detrimento da preocupação com o aquecimento da atividade produtiva. Por isso, aposta que a Selic não será reduzida na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). "Já houve uma dose razoável de incentivo por parte do governo, com quedas consecutivas dos juros. Os benefícios vão se acumulando ao longo do tempo", disse.
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