O Índice de Confiança da Construção (ICST) avançou 0,2 ponto em março na comparação com fevereiro, para 66,8 pontos, na série com ajustes sazonais, divulgou na manhã desta segunda-feira, 28, Fundação Getúlio Vargas (FGV).
O resultado interrompe uma sequência de três quedas consecutivas, que resultaram no mínimo histórico de 66,6 pontos em fevereiro. Em relação a março de 2015, o recuo verificado foi de 9,5 pontos.
Apesar da ligeira estabilidade, a coordenadora de projetos da construção do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, Ana Maria Castelo, destaca que os números relativos ao emprego no setor seguem caindo.
"A Sondagem aponta que os empresários devem continuar demitindo, reproduzindo a mesma dinâmica negativa do ano passado, que culminou com a queda acumulada de 10% do contingente de mão de obra", observou.
Percepção
Em março, a leve alta do índice decorreu da melhora a da percepção do empresariado em relação à situação futura dos negócios. O Índice de Expectativas (IE) subiu 1,0 ponto, para 71,1 pontos em março.
O resultado do IE refletiu principalmente a alta do indicador que mede a demanda prevista para os próximos três meses, o qual avançou 2,1 pontos.
Por outro lado, o Índice da Situação Atual (ISA) recuou 0,6 ponto, para 63,0 pontos, a terceira queda seguida. O destaque de baixa do índice é o componente que capta a percepção em relação ao tamanho atual da carteira de contratos da empresa, que registrou retração de 0,9 ponto.
Segundo a FGV, isso sinaliza que ainda não há por parte do empresariado qualquer perspectiva de mudança de cenário negativo no curto prazo.