Fiat anuncia nova férias coletiva para dois mil funcionários em Betim

Janaína Oliveira - Hoje em Dia
Publicado em 06/05/2015 às 18:38.Atualizado em 16/11/2021 às 23:55.
A Fiat Automóveis anunciou novo pé no freio na produção. A montadora vai conceder férias coletivas de 20 dias a 2 mil empregados das áreas de produção da fábrica de Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Eles ficarão em casa a partir da próxima segunda-feira (11) e retornam ao trabalho em 1º de junho. É a quarta paralisação neste ano. 
 
Segundo nota enviada pela montadora, o objetivo é ajustar o estoque à demanda do mercado. Já houve paradas em janeiro, como parte do recesso de fim de ano, durante a semana do Carnaval e no mês de março, quando os funcionários ficaram parados por 20 dias. Ao todo, a Fiat tem 19 mil empregados na unidade mineira, onde fabrica 3 mil veículos por dia. 
 
O setor automotivo é um dos mais afetados pela crise econômica. No primeiro trimestre deste ano, a produção industrial despencou 5,9%, a maior queda em um período de três meses desde o terceiro trimestre de 2009, quando o país enfrentava os efeitos da turbulência financeira internacional. Na época, a perda da atividade industrial foi de 8,1%. O período de janeiro a março foi o quarto trimestre seguido de queda na indústria.
 
As expectativas desfavoráveis para o setor automotivo vem se confirmando, segundo dados divulgados pelo Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos de Minas Gerais (Sincodiv). No mês de abril de 2015, o número de emplacamentos de veículos em Minas, apresentou nova retração no ano em todos os segmentos.
 
A queda no número de emplacamentos no varejo de automóveis e comerciais leves, em abril de 2015, foi de  17,04% em relação a março. Foram emplacadas 11.615 unidades de automóveis e comerciais leves em abril contra 14.001 no mês anterior. No comparativo com abril de 2014, a queda no varejo foi de 25,2%.
 
O presidente do Sincodiv, Camilo Lucian, atribuiu a queda à baixa atividade econômica e o fraco desempenho da economia no período.  “Com a inflação e os juros em alta o crédito ficou restrito e caro. Tivemos ainda queda no PIB e aumento do desemprego o que gerou falta de confiança no consumidor. Todos esses fatores reunidos acabaram refletindo no resultado das vendas no período”, explica Lucian.
 
Os emplacamentos no segmento de caminhões apresentou queda de 24,97% em abril na comparação com março de 2015. Foram licenciadas 835 unidades em abril, contra 1.113 caminhões em março. Já na comparação com abril do ano passado, quando foram negociadas 1.895 unidades, o segmento retraiu 55,93%.
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