A Fiat pretende anunciar, nesta sexta-feira (20), medidas visando aumento de produção na planta de Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Embora a empresa não confirme, uma das novidades poderá ser o aumento de dois para três turnos de trabalho na área de montagem, o que exigiria a contratação de até 1.500 trabalhadores. As admissões poderão ocorrer gradualmente. De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Betim, a montadora espera uma sinalização do governo sobre a manutenção dos inventivos fiscais, como a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros com mil cilindradas, para evitar contratar agora e ter que demitir no futuro. A avaliação é de que o setor, neste ano, cresce quando recebe benefícios e entra em crise quando estes são retirados.
Conforme o sindicato, a montadora teria comunicado a decisão com a alegação de que a produção está perto do limite da capacidade, enquanto as perspectivas são de crescimento. O setor automotivo, após enfrentar retração nas vendas no início deste ano, retomou o caminho do crescimento com as desonerações concedidas pelo governo federal. A Fiat lidera essa retomada, com 289,3 mil automóveis licenciados neste ano, até junho. Na comparação de junho sobre maio, as vendas cresceram 38,5% na montadora italiana instalada em Betim. Para o setor, a consultoria PriceWaterhouseCoopers (PwC) estima crescimento de 3% sobre o ano passado.
O presidente do sindicato, João Alves de Almeida, disse que pelo menos 400 trabalhadores serão contratados para as áreas de funilaria e pintura, e que um volume bem maior de admissões estaria na dependência da prorrogação da nova tabela do IPI. “Para um novo turno na área de montagem, a empresa espera um sinal do governo para não contratar os trabalhadores e depois ser obrigada a dispensá-los”, observou.
Segundo Almeida, a produção diária da montadora é de 3.100 veículos. Para incrementar essa produção e atingir o patamar máximo, de 3.400 veículos, seria necessário mais um turno. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou, em maio, a prorrogação da isenção das alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos 1.0 produzidos no país até o fim de agosto. As vendas do setor estão variando conforme o governo mexe nas alíquotas.
Segundo Almeida, a produção diária da montadora é de 3.100 veículos. Para incrementar essa produção e atingir o patamar máximo, de 3.400 veículos, seria necessário mais um turno. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou, em maio, a prorrogação da isenção das alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos 1.0 produzidos no país até o fim de agosto. As vendas do setor estão variando conforme o governo mexe nas alíquotas.
Na crise de 2008 e 2009, após as montadoras amargarem queda nas vendas, o governo adotou medida idêntica e viu o setor bater recordes de vendas. Neste ano, o cenário é parecido. Até maio, as empresas contabilizavam altos estoques e vendas 4,7% menores do que em igual intervalo de2011. Na Fiat, a retração era de 4,8% na mesma base de comparação. Com a isenção do IPI, a situação mudou e as vendas no mês cresceram 16% sobre maio.
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