O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe, anunciou, durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira (3), que a entidade acionou a Justiça pedindo punições contra o ex-prefeito de BH, Alexandre Kalil (PSD), por declarações feitas durante a campanha eleitoral para o governo estadual.
Segundo Roscoe, Kalil fez acusações sem provas e sem fundamento sobre supostas doações da Fiemg à candidatura para reeleição do governador Romeu Zema (Novo).
"São acusações sem fundamento. Hoje, empresas não podem doar para campanhas políticas, muito menos entidades de classe como a Fiemg. Um ou outro empresário pode ter apoiado Zema, mas não a Fiemg. Nossas contas estão disponíveis para quem quiser conferir", afirmou o presidente da Federação.
Apesar da negar que a entidade tenha apoiado Zema, Roscoe se disse satisfeito com a reeleição do governador e afirmou que esperou o fim das eleições para responder às acusações de Kalil e, assim, evitar uso político da situação.
Antes mesmo do início do processo eleitoral, o ex-prefeito de BH já havia iniciado um atrito com a Fiemg. Durante um "confronto" com a Câmara dos Vereadores, Kalil chegou a afirmar que a presidente do Legislativo municipal, vereadora Nely Aquino (Podemos), "tinha uma sala na Fiemg" e conduzia uma sabotagem contra o então prefeito, que seria planejada no Palácio Tiradentes, sede do governo de Minas.
Eleição Nacional
Flávio Roscoe disse, mais uma vez, que esperou o término das eleições para se manifestar sobre a corrida presidencial, apesar de ainda termos o segundo turno.
Questionado se a entidade irá se manifestar em relação a Lula e Bolsonaro, o presidente da Fiemg disse que, na opinião pessoal dele, "as indústrias têm reagido bem às políticas econômicas do atual governo".
"Nosso foco são as ações do Kalil, mas nosso alerta à população vale para todos os políticos populistas que façam ataques aos empresários", afirmou Roscoe.
O presidente Jair Bolsonaro foi derrotado pelo ex-presidente Lula em Minas Gerais e o apoio do governador mineiro, não oficializado durante o primeiro turno, virou objetivo principal do atual presidente da República.
Já Romeu Zema, que teve o governo elogiado por Flávio Roscoe, disse que deve decidir seu apoio nos próximos dias, mas já adiantou que não apoiará Lula.
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