Associado ao desempenho da produção industrial e da renda, o Índice ABCR, que mede o fluxo de veículos pelas estradas brasileiras sob administração da iniciativa privada, alcançou um número-índice de 150,63 em setembro pela série com ajuste sazonal. É a maior marca atingida pelo indicador desde janeiro de 1999, quando a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) e a Tendências Consultoria Integrada começaram a medir a movimentação de veículos pelas estradas com pedágio do País.
Na comparação com agosto (148,99), o indicador de setembro mostrou um crescimento de 1,1% no fluxo total veículos nas estradas com pedágio. Apesar de ser maior índice da série histórica da indicador, o crescimento de setembro não é isolado. De acordo com o economista da Tendências Rafael Bacciotti, a trajetória do índice é crescente, em linha com a melhora da economia brasileira na última década.
O índice é desagregado em duas categorias: fluxo de veículos leves e fluxo de veículos pesados. A circulação dos veículos leves pelas estradas pedagiadas é um indicador antecedente e coincidente do mercado de trabalho e renda. O de veículos pesados é uma proxy e um índice coincidente de produção industrial e agrícola.
Em setembro, o Índice ABCR para o fluxo de veículos leves ficou em 147,44, com expansão de 2,3% sobre os 144,18 de agosto. Foi também a maior marca na série histórica do índice. Este, segundo o economista da Tendências, manterá a trajetória de crescimento, na esteira do aumento do emprego e da renda.
O Índice que mede a movimentação dos veículos pesados em setembro foi de 161,92 pontos, a segunda maior na série histórica do Índice ABCR. A maior foi de 166,53 registrada em agosto, o que levou à queda de 2,8% na passagem de um mês para o outro. O fluxo de veículos pesados é mais conhecido pela sua associação à produção industrial, mas é influenciado também pela atividade agrícola, que sobe e desce de acordo com o plantio e colheita de safras.