Fontes limpas dominam leilão para abastecer mercado em 2016

Denise Luna - Folhapress
12/11/2013 às 16:34.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:06
 (Renato Araújo)

(Renato Araújo)

RIO DE JANEIRO - A energia limpa vai dominar o leilão da EPE (Empresa de Pesquisa Energética) programado para 18 de novembro, que visa comprar energia para ser entregue às distribuidoras em 2016 (A-3).

Apesar de hidrelétricas e termelétricas a gás natural terem se inscrito, a EPE habilitou apenas projetos que geram energia a partir de fontes consideradas limpas, ou seja, que não poluem o meio ambiente. Segundo a EPE, os projetos que não foram habilitados não apresentaram a documentação necessária.
 
o total de 429 projetos habilitados, que somam 10.460 MW (Megawatts), 9.191 MW são provenientes de energia eólica (381 projetos), com destaque para a Bahia (2.604 MW), Rio Grade do Sul (2.429 MW) e Rio Grande do Norte (1.686 MW).

Pela primeira vez, o governo vai oferecer oportunidade também para projetos de energia solar. Ao todo foram habilitados 31 projetos de energia solar fotovoltaica, somando uma oferta de energia da ordem de 813 MW. Projetos com PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas) somam 190 MW e sete termelétricas a biomassa vão oferecer 266 MW.

O preço estipulado para todos os tipos de fonte foi de R$ 126 o MW-h (Megawatt-hora), o que será um teste para a energia solar, cujo preço no mercado é estimado em torno dos R$ 160 o MW-h.

"Apesar de a energia solar não ser ainda competitiva em termos de custo com as demais fontes, especialmente com a eólica, a sua presença no leilão da próxima semana demonstra o interesse concreto de os empreendedores investirem nessa fonte. Além disso, os projetos inscritos permitem que a EPE planeje a entrada da energia solar na matriz elétrica brasileira", explicou em nota o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim.

Segundo especialistas, a introdução da energia solar na matriz energética brasileira deve seguir o mesmo caminho da eólica, que no começo era considerada cara, principalmente pelo fato dos equipamentos não serem produzidos no país. Com o tempo, as empresas de equipamentos eólicos se instalaram no Brasil e hoje a energia gerada pelo vento é competitiva com termelétricas e hidrelétricas.

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