Em nova assembleia realizada nesta segunda-feira (23) em BH, os funcionários dos Correios decidiram manter a greve por tempo indeterminado. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios Minas Gerais (Sintect-MG), cerca 60% da categoria está paralisada.
Os Correios pediram na Justiça a manutenção de 80% das atividades. O ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Eizo Ono, considerou que o limite "ensejaria quase que a normalização dos serviços prestados pela empresae frustaria o exercício do direito fundamental dos empregados à greve". Eizo Ono determinou a manutenção das atividades de pelo menos 40% dos empregados dos Correios em cada unidade da empresa durante o período de greve, sob pena de multa diária de R$ 50 mil. A decisão foi publicada nesta segunda-feira (23) no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho.
De acordo com Fabiano Reis, diretor do Sintect-MG, a assembleia não discutiu sobre a determinação do TST e afirmou que é direito de todo trabalhador participar de greves.
O diretor sindical esclareceu que não existe previsão de data para uma próxima reunião. Na terça-feira (24), trabalhadores do Complexo Operacional dos Correios, na Pampulha, farão novo protesto. Estão previstos também piquetes em outros centros de operação pela cidade.
A empresa e os representantes dos funcionários não negociam desde o dia 17 de setembro, quando a reunião de mediação entre os Correios e a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), no Tribunal Superior do Trabalho (TST), terminou sem acordo.
Entre as reivindicações dos trabalhadores estão o aumento real de salário de 15% e uma recomposição da inflação de 7,13%. Os Correios ofereceram reajuste de 8% no salário, sendo 6,27% de recomposição da inflação e 1,7% de ganho real, e de 6,27% nos benefícios.
* Com Agência Brasil