Cerca de US$ 3 bilhões serão investidos pelo setor de mineração para descaracterização de barragens no Estado, para evitar tragédias como a de Brumadinho (Hoje em Dia)
A nova fronteira da mineração é o oceano e a corrida já começou. Atualmente, existem duas operações de mineração no mar, com concessão de lavra expedida pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Mas são 595 requisições de pesquisa e de lavra depositadas junto ao órgão.
A largada foi dada a partir da comprovação do potencial dos gigantescos depósitos de algas marinhas calcificadas existentes no litoral brasileiro, numa faixa que vai do Espírito Santo ao Pará. Explorados há anos de maneira irregular, esses depósitos entraram na mira das gigantes do setor mineral.
Requisições
Das requisições de pesquisa e lavra no mar, quase metade são para exploração desses depósitos. As demais vão de areia e sal gema até diamante, carvão e ferro.
Mas são os depósitos calcários que chamam a atenção e atiçam a cobiça. O motivo, além dos volumes existentes na costa brasileira, é a facilidade da operação de lavra e a perspectiva da explosão do consumo dos fertilizantes produzidos a partir da matéria-prima.
O responsável pela corrida é Paulo César de Melo, agrônomo e professor da Universidade Federal de Lavras, que descobriu que os fertilizantes produzidos a partir do chamado calcário bioclástico podem aumentar violentamente a produtividade das grandes culturas, em especial a da cana.
As pesquisas, financiadas pela TWB Mineração, ainda estão em andamento, mas os resultados iniciais, divulgados ao longo dos últimos 12 meses em publicações científicas, prometem uma revolução. Nos testes iniciais realizados em fazendas da Cooperativa Agropecuária de Rolândia, no Paraná, o aumento na produtividade de açúcar e álcool por hectare plantado foi de 52%. Agora, o fertilizante vem sendo aplicado em fazendas de cana de Alagoas e de São Paulo.
“São Paulo planta seis milhões de hectares de cana. Se todos passassem a utilizar o fertilizante, a uma proporção de 500 quilos por hectare, teríamos uma demanda de três milhões de toneladas por ano, somente em São Paulo e apenas para a cultura da cana”, diz Melo.
Leia mais sobre as empresas que lideram a corrida pelos depósitos de algas na http://177.71.188.173/clientes/hojeemdia/web/index.php