G-20: Com as medidas tomadas, já há sinais de retomada da economia, diz Temer

Estadão Conteúdo
Hoje em Dia - Belo Horizonte
04/09/2016 às 09:33.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:41
 (Andressa Anholete/ AFP)

(Andressa Anholete/ AFP)

A economia do Brasil já começa a reagir. Essa foi a mensagem central do discurso inicial do presidente Michel Temer na reunião informal dos cinco grandes emergentes do grupo conhecido como BRICS - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Aos demais chefes de Estado, Temer ressaltou as reformas propostas e mencionou até o Congresso Nacional ao afirmar que a Casa ajudará a executar as mudanças estruturais que permitirão ao País a voltar a crescer.

"No Brasil, o caminho do crescimento está sendo reconstruído. Estamos promovendo um ajuste fiscal amplo e sustentável. Juntamente com o Congresso Nacional, instituiremos um teto constitucional para o crescimento das despesas governamentais", disse Temer. "O crescimento real zero do gasto público levará à redução da dívida do Estado brasileiro".

Aos demais líderes dos grandes emergentes, Temer afirmou que "uma ambiciosa agenda de reformas estruturais também está em curso para elevar a produtividade da economia e gerar ambiente de negócios mais favorável". "Estimularemos os investimentos em infraestrutura, sobretudo por meio de concessões de estradas, portos, aeroportos, ferrovias e sistemas de geração e transmissão de energia", destacou o presidente brasileiro.

Atualmente, o Brasil é o País com pior desempenho econômico entre os cinco grandes emergentes. Em 2016, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro será o pior no grupo. Diante dessa realidade, Temer disse aos demais líderes que a adoção das novas políticas econômicas já resulta em "sinais de retomada da economia" brasileira. "Estamos seguros de que, em breve, a nossa economia voltará a crescer, em benefício dos brasileiros e da economia global", afirmou Temer.

Sobre os BRICS, Temer falou rapidamente que os países do grupo "são forças positivas" para estabilidade econômica global. "O Novo Banco de Desenvolvimento e o arranjo contingente de reservas ilustram como podemos trabalhar em conjunto de modo inovador e eficiente. Um trabalho coletivo em prol de sociedades mais prósperas e mais justas", disse aos demais líderes.

Agenda

O presidente Michel Temer terá nesta segunda-feira uma reunião bilateral com o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, que será o encontro de maior peso do brasileiro com um líder estrangeiro depois de se reunir com o chinês Xi Jinping, na sexta-feira.

Solicitada pelo dirigente japonês, a reunião só foi confirmada no fim da tarde de domingo. Uma fonte do governo brasileiro disse que o horário inicial sugerido por Tóquio coincidia com a intervenção que Temer fará no horário do almoço durante o encontro do G-20. Em razão disso, os japoneses concordaram com a antecipação da reunião para as 10h30.

A ex-presidente Dilma Rousseff cancelou duas visitas oficiais que faria ao Japão, em 2013 e 2015. A mais recente desistência foi comunicada aos anfitriões dois dias antes da viagem.

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