Um corte pela metade no preço do gás no mercado brasileiro tem o potencial de aumentar em 0,5 ponto porcentual o crescimento econômico do País anualmente, até 2025. A estimativa é da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). "Se a energia ficar mais barata temos uma liberação dos recursos da indústria para realizar autoinvestimento", explicou o coordenador de pesquisas da instituição, Fernando Garcia, durante o Fórum Brasil Competitivo - O Futuro do Gás Natural, organizado pelo Grupo Estado.
De acordo com o estudo, o corte nos custos do gás teria um efeito adicional de crescimento de 0,46% no emprego anualmente e de 0,32% no consumo de energia no País. O estudo usou como base dados verificados em outros 40 países que utilizam a energia proveniente do gás de forma mais barata.
O gás brasileiro custa US$ 14 por milhão de BTU, um dos preços mais altos do mundo. "Se o preço do gás for mais competitivo para a indústria o resultado será crescimento econômico", apontou.
A pesquisa mostrou também que a cada 1 unidade de gás produzida no Brasil, 2,5 unidades são importadas indiretamente, na forma de produtos que incorporaram em seus países de origem o emprego do gás natural. "O ideal seria um patamar entre 1 e 1,5, que é mais compatível com a de uma economia industrializada", afirmou Garcia, referindo-se à necessidade de aumentar a competitividade da cadeia industrial brasileira.
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