O ministro interino da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge de Lima, confirmou na última terça-feira (23), em evento promovido pela Toyota, que o governo vai publicar, nos próximos dias, medida que reduz para 7% o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros elétricos e híbridos, mesma taxa cobrada atualmente de modelos 1.0 (antes chamados de populares).
Hoje, os poucos modelos híbridos disponíveis no País, como o Toyota Prius, que vendeu 2,4 mil unidades em 2017, recolhem 13% de IPI. Carros elétricos pagam 25%, porcentual máximo na escala do imposto, o mesmo que importados com motor acima de 2.0.
Com a redução, calcula-se que modelos híbridos (com bateria e motor à combustão) ficarão em média R$ 9 mil mais baratos e os elétricos, entre R$ 10 mil a R$ 15 mil.
O presidente da Toyota para América Latina e Caribe, Steve St. Angelo, afirma que a tecnologia híbrida - que permite ao automóvel rodar com eletricidade gerada por outro combustível - será a base para novas tecnologias, como os modelos 100% elétricos e os autônomos.
No caso do Brasil, ele defende o uso do etanol para gerar a energia do carro híbrido. "Estamos prontos para testar esse novo veículo com tecnologia desenvolvida no Brasil, por engenheiros brasileiros", afirma o executivo.
Em março, a Toyota promoverá uma viagem de São Paulo a Brasília com o Prius a etanol no lugar da gasolina, como ocorre com a versão importada.