(Maurício Vieira)
A RMBH foi a campeã com o maior Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) em agosto, entre 11 regiões metropolitanas do país pesquisadas pelo IBGE. Segundo o Instituto, o medidor do custo de vida atingiu 0,37% na capital e cidades do entorno, ante uma oscilação mensal média de 0,23% no país. Já as variações acumuladas em doze meses foram de 2,17% na RMBH, o quinto menor resultado entre as áreas de abrangência da pesquisa, e de 2,28% no Brasil.
Ainda de acordo com o IBGE, o índice na região metropolitana de BH foi o mais elevado nacionalmente por conta das altas nos preços das carnes (7,01%) e da gasolina (3,56%) no período. Já a menor inflação foi em Brasília (0,08%), devido às quedas de alguns alimentícios, como batata-inglesa (-34,68%) e banana-prata (-12,90%).
Em relação ao país, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em agosto. Os transportes (0,75%) registraram o maior impacto positivo no índice do mês, com 0,15 ponto percentual (p.p.), embora tenha havido desaceleração em relação a julho (1,11%). Já a maior variação positiva veio dos artigos de residência (0,88%), que subiram pelo quarto mês seguido.
Os preços dos produtos e serviços de habitação (0,57%) e alimentação e bebidas (0,34%) também subiram, com impactos de 0,09 p.p. e 0,07 p.p., respectivamente. No lado das quedas, o destaque foi educação (-3,27%), com contribuição de -0,21 p.p. Os demais grupos ficaram entre a queda de 0,63% em Vestuário e a alta de 0,86% em Comunicação.
O resultado do grupo transportes (0,75%) foi mais uma vez influenciado pelos combustíveis (2,31%). O maior impacto individual positivo (0,12 p.p.) do mês veio da gasolina, cujos preços subiram 2,63%. O óleo diesel (3,58%) e o gás veicular (0,47%) também subiram, enquanto o etanol caiu 0,28%.