Greve: 19 mil médicos cruzam os braços a partir desta quarta-feira

Do Portal HD *
09/10/2012 às 20:13.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:57
 (Agência Senado)

(Agência Senado)

Em campanha pelo reajuste de honorários, médicos de todo o país prometem suspender as consultas e até operações eletivas por plano de saúde nesta quarta-feira (10) e por mais oito dias.

Em Minas, o boicote acontece até 18 de outubro. Em vários outros estados brasileiros, a paralisação  poderá chegar a 15 dias de duração. Dos 40 mil médicos ativos no Estado, aproximadamente 28 mil atendem por meio de planos de saúde.
A expectativa é a de que pelo menos 19 mil cruzem os braços.

Segundo as associações que representam a categoria, durante o período de “greve”, o atendimento será realizado por meio da cobrança direta ao paciente. Para consultas, o preço sugerido é de R$ 80. Com os recibos, aconselham, os pacientes poderão pedir reembolso. Os órgãos de defesa do consumidor orientam ao usuário entrar em contato direto com a operadora do plano de saúde para resolver o problema.

Em São Paulo, nesta quarta-feira e no dia 18 de outubro, quando é comemorado o Dia do Médico, a suspensão dos serviços vai atingir todas as especialidades médicas. Entre os dias 11 e 17 de outubro, haverá um rodízio: a cada um destes dias haverá suspensão de determinadas especialidades atendidas por esses planos de saúde.

Serão suspensos os atendimentos a clientes dos planos Green Line, Intermédica, Itálica, Metrópole, Prevent Sênior, Santa Amália, São Cristóvão, Seisa, Transmontano e Universal. Também estava prevista a suspensão de atendimento de mais duas operadoras de saúde, a Golden Cross e a Tempo Assist (Gama e Unibanco), mas elas apresentaram nova proposta de negociação.

Segundo a Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge), o setor privado de saúde atende 48 milhões de pessoas em todo o Brasil somente em cobertura médico hospitalar, sem incluir atendimento odontológico, realizando cerca de 890,3 milhões de procedimentos por ano.

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que regula os planos de saúde no país, declarou estar ciente da suspensão dos serviços pelos médicos. Diante do problema, a ANS ressaltou que está proibida a cobrança de valores adicionais por consultas ou prestação de serviço que tenham cobertura obrigatória pelo plano contratado e os atendimentos de urgência e emergência devem ser garantidos pelas operadoras.

Ainda segundo a ANS, nos casos de atendimentos eletivos, as operadoras devem providenciar um novo agendamento das consultas, exames ou internações. Os clientes de planos de saúde podem fazer denúncias, reclamações ou pedir informações sobre as operadoras, podem ligar para o telefone 0800 701 9656, pela internet, no endereço www.ans.gov.br ou presencialmente, por meio de um dos 12 núcleos da ANS espalhados pelo país.

* Com Agência Brasil

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