O primeiro dia da paralisação dos bancários contou com a adesão de 18 mil trabalhadores, de um total de 140 mil, conforme balanço do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. Além disso, informa a entidade, 580 locais de trabalho, sendo nove centros administrativos, fecharam as portas em São Paulo.
"A greve está na cidade toda e nas outras cidades da nossa base. Temos sete regionais, em todas houve paralisação e adesão, especialmente nos grandes bancos, que são 90% do setor. Para o primeiro dia, para nós, é uma boa adesão. As articulações ainda estão ocorrendo. Amanhã, certamente o número crescerá", disse a presidente do sindicato, Juvandia Moreira.
Os bancários pedem reajuste salarial de 11,93%, ou seja, 5% de aumento real, participação nos lucros e resultado (PLR) de três salários mais R$ 5.553,15 e piso de R$ 2.860. Além disso, querem o fim de metas abusivas e de assédio moral que, segundo a confederação, adoecem os bancários.
"Os bancos alegam que não podem atender nossas reivindicações por uma economia com crescimento mais lento. Mas o setor bancário é o que tem a maior rentabilidade no País e teve um lucro no semestre de quase R$ 30 bilhões", rebateu Juvandia, reiterando que os bancos ofereceram reajuste de 6,1%, o que, na avaliação dela, não traria aumento real.
A partir de sexta-feira (20) a estratégia dos grevistas é atuar mais nos centros administrativos do que nas agências.