(Pif Paf/Divulgação)
A exemplo de outras empresas, o Grupo Pif Paf, de Belo Horizonte, teve, em 2013, um bom ano. Enquanto o setor cresceu 9,8%, as suas vendas, de R$ 1,47 bilhão, foram 20% maiores do que o R$ 1,23 bilhão do ano anterior.
Para chegar lá, a empresa flexibilizou, mudou estratégias e assim teve maior disponibilidade dos produtos mais demandados pelo mercado – a linha completa tem mais de 300 itens. Ela também aproveitou as oportunidades de vendas no interior de São Paulo e Goiás. Além disso, passou a vender diretamente ao consumidor.
Mas, mais importante do que isso, ela aproveitou o fato de, nos últimos anos, a Classe C ter ido ao paraíso e descoberto o consumo.
A empresa tinha vários produtos adequados a esse consumidor, como salsichas e pizzas. O que a Pif Paf fez foi oferecer praticidade ao lançar, por exemplo, salsichas com molho de tomate e outros pratos do tipo ‘é só esquentar’. “É o caso da moela ao molho, penne ao molho sugo. Também ampliamos a linha de empanados de frango e pizzas”, diz Cláudio Faria, gerente de relações institucionais da Pif Paf.
A empresa atende a 72.000 pontos de venda nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste e apostou na venda direta aos consumidores via e-commerce.
“Em algumas cidades maiores, a partir de uma caixa nós entregamos nas residências de quem se cadastra no nosso site”, diz Cláudio.
O desempenho da Pif Paf poderia ter sido um pouco melhor caso ela não tivesse um problema estrutural.
É que parte de seu parque industrial está na Zona da Mata mineira, região imprópria para o cultivo do milho e da soja, que correspondem a 80% da composição das rações animais.
“É claro que isso impacta negativamente o nosso custo”, diz Cláudio. “Vamos atuar politicamente junto ao governo a fim de resolver essa questão”, afirma.