O governo da Hungria enviará ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e à Comissão Europeia suas propostas alternativas para as negociações de um pacote financeiro, disse neste domingo o ministro responsável pelas negociações, Mihaly Varga, em nota distribuída por seu ministério. Varga não detalhou sobre as propostas do governo, mas afirmou que não incluem cortes nos benefícios previdenciários ou de salários.
Há duas semanas, o primeiro-ministro Viktor Orban disse que as condições estabelecidas pela União Europeia (UE) e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) em troca de um pacote de ajuda financeira eram inaceitáveis. Segundo ele, o principal ponto de discórdia é um programa de preservação de empregos que a Hungria vai lançar no próximo ano e que deverá custar em torno de 1% do PIB da Hungria. Ele disse que o governo húngaro insistirá no projeto mesmo que a UE e FMI digam que o projeto é uma ameaça potencial ao equilíbrio do orçamento. Orban destacou ainda como obstáculo a exigência de cortes nas pensões e criação de novos impostos. "A este preço, não haverá um acordo", assegurou Orban.
A Hungria busca uma rede de segurança financeira estimada em 15 bilhões de euros (US$ 19 bilhões) da UE e FMI como proteção contra os efeitos da crise da zona do euro. As informações são da Dow Jones.
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