Imigrantes chegam a Minas Gerais em busca de emprego

Iêva Tatiana - Do Hoje em Dia
26/08/2012 às 08:09.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:45
 (Frederico Haikal)

(Frederico Haikal)

  “Estranhamente, encontrei barreiras de comunicação. Apesar de a língua ser a mesma, sempre há um impacto inicial”, diverte-se o português Cristiano Silva, que aterrissou em Belo Horizonte há cinco meses para trabalhar como coordenador pedagógico da Escola da Serra, no bairro de mesmo nome.    O lusitano da cidade do Porto, onde trabalhava na renomada Escola da Ponte, engrossa as estatísticas do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que apontaram Minas Gerais como o quarto Estado mais procurado por estrangeiros em busca de colocação profissional, em 2012.   No primeiro semestre, foram 1.338 autorizações de trabalho concedidas a imigrantes. Do total, 170 foram destinadas a trabalhadores com vínculos empregatícios, e 1.106 a estrangeiros na condição de artistas, desportistas ou para trabalhos provisórios.    As demais autorizações foram concedidas a investidores e grupos não classificados pelo MTE. Em grande parte dos casos, a principal motivação para a mudança de país é a procura por estabilidade e boas perspectivas econômicas. “No Brasil, em termos de estabilidade profissional e direitos adquiridos, existe mais segurança”, afirma Cristiano Silva.   Movimento constante   De acordo com o levantamento do MTE, o país que mais exportou mão de obra para Minas Gerais nos primeiros seis meses do ano foi os Estados Unidos. Cerca de 220 trabalhadores deixaram a terra do Tio Sam para atuar em território mineiro. Alemanha, Itália e França aparecem na sequência, com 339 profissionais, ao todo.   Entre janeiro e junho, 44 portugueses deixaram a terra natal para começar uma nova vida em Minas. Segundo Silva, a emigração tornou-se um movimento comum, principalmente, entre as famílias que vivem distante das capitais.   “É um fenômeno que tem acontecido muito por lá. Já é comparado à década de 60, época da Guerra Colonial, quando as pessoas fugiam do alistamento militar”, diz.   Refúgio no Brasil   Desde 2008, quando a crise econômica mundial estourou nos Estados Unidos, o Brasil tornou-se destino certo para estrangeiros em busca de trabalho. No primeiro semestre, as autorizações de emprego aumentaram 24%.   Para Cristiano Silva, embora sua situação seja mais confortável – ele trocou o serviço público em Portugal pelo privado em BH –, o cenário é desolador. “Porto sempre foi uma cidade impulsionadora da economia, mas tem perdido incentivos porque as pessoas estão se fixando onde a vida é mais barata, longe do centro, e o empresariado está fazendo o mesmo”   Leia mais na Edição Digital

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