O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) cresceu 7,2% em julho ante junho. O resultado foi a maior variação positiva da série, iniciada em novembro de 2005. Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), "a piora na avaliação do consumidor a respeito do mercado de trabalho nas sete capitais pesquisadas sinaliza uma possível elevação da taxa de desemprego no mês".
A fundação informou ainda que as classes que mais contribuíram para o crescimento do ICD no mês de julho foram as duas extremas: a dos consumidores que possuem renda familiar de até R$ 2.100,00, cujo Indicador de Emprego (invertido) variou 11,5%; e a dos que possuem renda familiar superior a R$ 9.600,00, com alta de 7,5%.
Já o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp), segundo o Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), recuou 5,7% em julho, considerando os dados com ajuste sazonal. Foi a segunda queda consecutiva do indicador e a maior desde novembro de 2008 (-18,7%), período da crise financeira mundial. O resultado "sinaliza um aprofundamento da tendência de desaceleração do ritmo de contratações observada nos últimos meses", informou o instituto em nota.
As principais contribuições para a queda do indicador, no período, partiram dos itens que medem as expectativas dos empresários em relação à tendência dos negócios e o grau de satisfação atual com a situação presente dos negócios. Os dois indicadores fazem parte da Sondagem de Serviços e recuaram 9,4% e 7,7%, respectivamente.