A indústria demitiu 232 mil pessoas em março ante igual mês de 2014, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em termos absolutos, a atividade foi a que mais dispensou no período, embora a construção civil e o setor de educação, saúde e administração pública também tenham fechado postos de trabalho.
Entre as formas de contratação, contudo, todas registraram queda no número de vagas, exceto a categoria de trabalhadores por conta própria. Em março ante igual mês do ano passado, 134 mil pessoas deixaram de ter emprego com carteira no setor privado. Entre os informais, o emprego sem carteira também diminuiu em 87 mil pessoas.
Também tiveram redução na comparação anual os trabalhadores militares ou funcionários públicos estatutários (menos 10 mil) e o número de empregadores (menos 58 mil), segundo o IBGE.
Ao todo, 280 mil pessoas engrossaram a fila do desemprego em um ano até março de 2015, diante da extinção de 197 mil vagas e também da maior procura por emprego dos que antes estavam entre inativos. Com isso, a taxa de desemprego subiu a 6,2% no mês passado, contra 5,0% em março de 2014.
Em termos de rendimento, todas as atividades tiveram perdas, e apenas os empregados sem carteira tiveram aumento anual em termos de posição na ocupação. "Não há uma atividade ou posição que se destaque. Todos parecem ter perdido um pouco", destacou Maria Lucia Vieira, gerente da Coordenação de trabalho e Rendimento do IBGE.
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