Indústria e construção civil geram 18 mil vagas na Grande BH

Rodrigo Moinhos - Do Hoje em Dia
27/09/2012 às 06:59.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:37

Conforme o painel de vagas, 1.075 vagas são destinadas para servente de obras (Hoje em Dia)

Os setores que mais empregaram em agosto, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), foram o da indústria de transformação, com abertura de 10 mil postos de trabalho e o da construção civil, com geração de 8 mil empregos, segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), divulgada nessa quarta-feira (26) pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e Fundação João Pinheiro (FJP). O índice de desemprego no mês passado ficou em 5,2% da População Economicamente Ativa (PEA), ligeira alta de 0,2 pontos percentuais em relação ao mês anterior.

Em agosto, o número de ocupados na RMBH apresentou ligeira variação positiva em relação ao mês anterior (0,3%) e foi estimado em 2,3 milhões de trabalhadores.Outro segmento que também empregou em agosto, porém em menor volume, foi o comércio e reparação de veículos (4 mil). Entretanto, houve decréscimo apenas nos serviços (13 mil).

Segundo a coordenadora da pesquisa pelo Dieese BH, Gabriela Selani, o saldo é de 5 mil pessoas desempregadas, em função da entrada de 11 mil pessoas no mercado, enquanto houve a geração de apenas 6 mil novas ocupações.

Com relação à ocupação, houve redução no número de postos de trabalho entre os assalariados (8 mil), refletindo o recuo no setor público (30 mil). Já no setor privado, houve um acréscimo de 22 mil postos de trabalho.

O comportamento do setor privado é resultado da alta dos assalariados com registro em carteira (15 mil) e, em menor medida, do contingente de assalariados sem registro (7 mil).

Domésticos

O emprego doméstico também aumentou (5 mil), assim como o número de autônomos (8 mil). Os ocupados classificados nas “demais posições ocupacionais” permaneceram relativamente estáveis (1 mil). “Estamos experimentando taxas de desempregos menores que no ano passado, sem muitas oscilações”, afirmou a coordenadora.

De acordo com a PED, outro indicador importante no mês passado foi a redução no tempo médio de procura por emprego, que atigiu 21 semanas, três a menos que julho e 13 a menos quando comparada com agosto de 2011.

De acordo com o economista e coordenador sindical do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), Daniel Furletti, o cenário de alta na construção reforça a característica do segmento na demanda por mão de obra. “Além de empregar muito, é um reflexo das obras que estão em andamento”, explicou.

Construção

Para o diretor-executivo de Finanças da construtora MRV, Leonardo Guimarães, desde o ano passado a empresa mantém cerca de 34 mil funcionários nos canteiros de obras. “A migração ocorre em todos os setores e a disputa hoje por mão de obra é menor, uma vez que os salários são mais atrativos e este fator acaba trazendo mais pessoas para o segmento”, afirma.

O rendimento real médio dos ocupados foi estimado em R$ 1.359, em julho de 2012, permanecendo relativamente estável em relação ao mês anterior (-0,1%). O salário real médio apresentou alta de 1,2% (R$ 1.338). O rendimento médio dos autônomos diminuiu (3,2%) estimado em R$ 1.422.

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