A inflação percebida pelas famílias de baixa renda desacelerou em outubro. É o que mostra o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), usado para mensurar o impacto da movimentação de preços entre famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos. O indicador subiu 0,59% no mês passado, após mostrar alta de 0,68% em setembro. Com o resultado, o índice acumula alta de 5,63% no ano e de 7,22% em 12 meses.
A taxa do IPC-C1 em outubro ficou acima da inflação média apurada entre as famílias mais abastadas, com renda mensal entre 1 e 33 salários mínimos, mensurada pelo Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-BR). Este indicador mostrou alta de 0,48% em outubro. A taxa de inflação acumulada em 2012 do IPC-C1 também foi maior que a apresentada para o mesmo período pelo IPC-BR, que subiu 4,58% no período. O mesmo ocorreu com a taxa acumulada em 12 meses do IPC-C1, que se posicionou acima da apurada pelo IPC-BR para o mesmo período (5,97%).
Duas das oito classes de despesas componentes do IPC-C1 apresentaram decréscimos em suas taxas de variação: Alimentação (de 1,59% em setembro para 1,07% em outubro) e Habitação (de 0,37% para 0,33%). Nestes grupos, os destaques partiram dos itens: hortaliças e legumes (0,48% para -5,24%) e tarifa de eletricidade residencial (0,60% para -0,41%), respectivamente.
Em contrapartida, apresentaram acréscimo os grupos de Transportes (0,04% para 0,24%), Educação, Leitura e Recreação (-0,05% para 0,44%), Comunicação (0,41% para 0,67%), Despesas Diversas (0,22% para 0,38%), Vestuário (0,63% para 0,75%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,33% para 0,37%). Nestas classes de despesa, as principais influências partiram dos itens: gasolina (-0,04% para 1,60%), hotel (-1,48% para 0,61%), mensalidade para TV por assinatura (0,90% para 1,86%), serviço religioso e funerário (0,34% para 0,90%), calçados (0,14% para 0,83%) e medicamentos em geral (0,08% para 0,18%), respectivamente.