O aumento de 1,18% no preço da gasolina no mês em novembro ajudou a impulsionar a inflação dos produtos e serviços monitorados no mês. A taxa de variação dos monitorados saiu de 0,25% em outubro para 0,54% em novembro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, a taxa acumulada no ano, de 3,32%, ainda está bem abaixo da variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no período, de 5,01%. Em 12 meses, os monitorados sobem 3,57%, enquanto o IPCA acumula alta de 5,53%.
"No ano, os monitorados estão ajudando a conter a inflação pelo IPCA", afirmou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE. "Esse aumento na gasolina se deve principalmente a Curitiba, que teve alta de 12,71% em novembro, e à alta de 4% em Salvador", explica.
Segundo Eulina, os preços do combustível nas regiões onde houve reajuste estavam defasados. Além disso, houve um aperto da fiscalização nos postos em Curitiba. "Parece que verificaram alguns problemas, por isso que estava mais barato. Para chegar à qualidade que (o combustível) tinha de ter, isso fez subir o preço", disse. "No preço médio do litro da gasolina, o aumento de Curitiba não faz muita diferença agora, o que significa que os preços lá estavam bem mais baixos do que na média das outras regiões", completou.
A gasolina é um dos itens de maior peso no orçamento das famílias. O combustível representa 3,87% da formação do IPCA. Apesar do aumento em novembro, a gasolina acumula de 0,59% no ano. Em 12 meses, a redução é de 0,29%.
Em novembro, outros itens monitorados que também ficaram mais caros foram gás de botijão (0,99%), energia elétrica residencial (1,38%) e telefone público (0,34%), entre outros.