Economia

Inflação fecha 2024 em 4,83%, ultrapassando o teto da meta

Em dezembro, IPCA acelerou para 0,52%, em linha com o esperado pelos analistas de mercado

Do HOJE EM DIA
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Publicado em 10/01/2025 às 09:29.

 A inflação oficial do Brasil encerrou 2024 com um aumento acumulado de 4,83%, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ultrapassa o teto da meta de inflação, estabelecido em 4,5%, e representa a maior alta para um período entre janeiro e dezembro desde 2022.

A alta dos preços foi puxada principalmente por alimentos como carnes, óleo de soja, azeite de oliva e café, além de combustíveis como a gasolina. Planos de saúde e leite longa vida também contribuíram para o aumento da inflação.

Variação mensal acelerou em dezembro

A inflação de dezembro foi de 0,52%, superando os 0,39% registrados em novembro. Esse resultado indica uma aceleração nos preços no final do ano, pressionando ainda mais o bolso dos brasileiros.

Banco Central terá que justificar o resultado

Com a inflação acima da meta, o Banco Central (BC) será obrigado a enviar uma carta ao Ministério da Fazenda explicando os motivos que levaram ao descumprimento da meta. A autoridade monetária já havia sinalizado em seu último relatório que a probabilidade de a inflação superar 4,5% em 2024 era de 100%.

Impacto no bolso do consumidor

A alta da inflação impacta diretamente o poder de compra da população, corroendo os salários e dificultando o planejamento financeiro das famílias. Produtos básicos como alimentos e combustíveis, que tiveram os maiores aumentos de preços, pesam ainda mais no orçamento dos brasileiros.

O que é o IPCA?

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o principal indicador da inflação no Brasil. Ele mede a variação dos preços de uma cesta de produtos e serviços consumidos pelas famílias brasileiras com renda entre 1 e 40 salários mínimos.

Perspectivas para 2025

O Banco Central já sinalizou que a inflação deve continuar sendo um desafio em 2025, embora projete uma desaceleração em relação ao ano passado. A autoridade monetária continuará monitorando de perto a evolução dos preços e adotará as medidas necessárias para garantir a convergência da inflação para a meta.

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