O setor de infraestrutura já é um dos alvos preferenciais da indústria de private equity no Brasil. Um cálculo da Inter.B Consultoria Internacional de Negócios revela que o investimento privado em transportes pode movimentar R$ 167,7 bilhões nos próximos cinco anos. Nessa conta, estão incluídas obras em portos, rodovias, ferrovias, portos, hidrovias e transporte urbano.
A melhora da infraestrutura foi colocada pelo governo no centro da agenda econômica brasileira em busca de um maior crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). "Há muito para ser feito no Brasil. E o governo tem sinalizado que o setor de infraestrutura é prioridade", diz Luiz Medeiros, diretor de private equity da Rio Bravo Investimentos, que tem R$ 700 milhões sob ativo na gestão de private equity em fundos destinados ao Nordeste e ao setor de infraestrutura.
A Mantiq Investimentos, controlada pelo Santander Brasil, tem como foco principal a infraestrutura. Até setembro do ano passado, a empresa tinha R$ 2,4 bilhões sob gestão - R$ 2 bilhões já realizados e R$ 400 milhões ainda a realizar - em quatro fundos.
No fim do ano passado, a gestora de recursos Pátria Investimentos também decidiu ampliar o raio de atuação no segmento de infraestrutura. Hoje, o foco são os negócios ligados ao setor privado. A tendência é que o leque seja ampliado e que a gestora faça também aportes pontuais em setores regulados pelo governo.
Os recursos para os novos investimentos viriam do já existente fundo P2 Brasil, especializado em infraestrutura, que conta com a parceria da construtora Promon, A captação do P2 encerrou-se em 2011 e o fundo reuniu US$ 1,2 bilhão. Parte dos recursos já foi investido em logística para o agronegócio e de cargas, na construção e operação naval no setor de óleo e gás em alto mar, em energia renovável, em saneamento e em transmissão na área de telecomunicações. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.